Tinha vontade de escrever uma resenha sobre este sabonete lendário (que infelizmente já não é mais fabricado), e que sem dúvida está entre os meus favoritos por tudo o que representa — e espero conseguir expressar isso nestas linhas.
História
Das verdes colinas de West Yorkshire, na Inglaterra, nasce um dos sabonetes de barbear mais venerados pelos amantes do barbear clássico: Mitchell’s Wool Fat. Este sabonete lendário foi criado em 1930 pelo químico Bradford Fred Mitchell, que descobriu que a lanolina, uma gordura natural presente na lã das ovelhas, tinha propriedades excepcionais para a pele. Ele observou que os tosquiadores de ovelhas tinham as mãos surpreendentemente macias, e assim surgiu a ideia de incorporar esse ingrediente em um sabonete de barbear. Até hoje, o sabonete é fabricado artesanalmente em Bradford, no condado de West Yorkshire.
Características principais
Formulação
A composição inclui: Sodium Tallowate, Potassium Stearate, Sodium Cocoate, Sodium Stearate, Aqua, Potassium Cocoate, Glycerin, Parfum, Alpha-Isomethyl Ionone, Hexyl Cinnamal, Limonene, Linalool, Hydroxycitronellal, Lanolin, Titanium Dioxide, Sodium Chloride, Sodium Gluconate, Sodium Silicate, Tetrasodium EDTA, Magnesium Sulphate, Tetrasodium Etidronate.
Temos a versão com sebo (a da descrição) e a vegetal, mas o que realmente o diferencia é a lanolina, que confere ao sabonete um cuidado especial com a pele.
Apresentação
Disponível em barra de 125g, pode vir em uma charmosa saboneteira de porcelana, em um pote de madeira (KENT), ou em formato refil. Sempre bem embalado em papel encerado, selado com um adesivo.
Espuma
É aqui que reside parte da lenda deste sabonete. Enquanto muitos amantes do barbear clássico enfrentaram sérias dificuldades para conseguir uma boa espuma — especialmente com a versão de sebo — outros afirmam que ele se comporta como qualquer outro sabonete. Após pesquisar muitas opiniões, referências e com base na minha própria experiência, cheguei à seguinte conclusão: este sabonete não gosta de águas duras, e com elas é muito mais difícil obter uma espuma cremosa.
A melhor forma de conseguir uma espuma de qualidade é deixar o sabonete de molho por 2–3 minutos, escorrer e reservar essa água, carregar o pincel sem medo (cerca de 30–45 segundos), de preferência com pincel sintético, e espumar diretamente no rosto. É um sabonete muito “sedento”, e vai exigir que molhemos gradualmente as pontas do pincel na água reservada e continuemos a espumar diretamente no rosto. Se esse processo for repetido sem deixar o sabonete de molho, usando pincel de pelo natural ou espumando no bowl, será muito difícil eliminar o ar da espuma — e isso eu comprovei com várias barras, tanto vegetais quanto de sebo.
Acredito que o fato de ser um sabonete tão delicado o torna divertido e atraente ao mesmo tempo.
Qualidade da espuma
Excelente. Não é uma espuma tipo maionese, mas sim como chantilly. Nota altíssima.
Proteção e deslizamento
Muito alto. Funciona perfeitamente com lâmina, navalhete ou navalha. Um sabonete completo.
Sensação na pele
Neutra. Sem sensação de calor ou frio. Apenas uma espuma suave e agradável.
Hidratação e pós-barba
Aqui ele brilha. O pós-barba é um dos melhores que já experimentei. Deixa a pele tão bem cuidada que nem é necessário aplicar outro produto (a não ser por puro prazer).
Aroma
Isso é algo muito subjetivo. Sempre foi classificado como um sabonete neutro, sem fragrância. No entanto, isso não é verdade... Eu percebo nele um certo aroma lácteo e levemente defumado; sinceramente, eu adoro, pois não se parece com nenhum outro.
Conclusão
Mitchell’s Wool Fat é um clássico absoluto: técnico, exigente e recompensador. Pela qualidade da espuma, proteção e pós-barba, é rotundamente recomendado para quem valoriza tradição e desempenho.
(Esta mensagem foi modificada pela última vez a: 02-10-2025 por Oriens Rasus.)
História
Das verdes colinas de West Yorkshire, na Inglaterra, nasce um dos sabonetes de barbear mais venerados pelos amantes do barbear clássico: Mitchell’s Wool Fat. Este sabonete lendário foi criado em 1930 pelo químico Bradford Fred Mitchell, que descobriu que a lanolina, uma gordura natural presente na lã das ovelhas, tinha propriedades excepcionais para a pele. Ele observou que os tosquiadores de ovelhas tinham as mãos surpreendentemente macias, e assim surgiu a ideia de incorporar esse ingrediente em um sabonete de barbear. Até hoje, o sabonete é fabricado artesanalmente em Bradford, no condado de West Yorkshire.
Características principais
- Produzido com lanolina natural, ideal para peles sensíveis.
- Gera uma espuma densa, cremosa e protetora.
- Sua fórmula original permanece quase intacta há quase um século.
- Fabricado na Inglaterra, com o mesmo cuidado artesanal de sempre.
Formulação
A composição inclui: Sodium Tallowate, Potassium Stearate, Sodium Cocoate, Sodium Stearate, Aqua, Potassium Cocoate, Glycerin, Parfum, Alpha-Isomethyl Ionone, Hexyl Cinnamal, Limonene, Linalool, Hydroxycitronellal, Lanolin, Titanium Dioxide, Sodium Chloride, Sodium Gluconate, Sodium Silicate, Tetrasodium EDTA, Magnesium Sulphate, Tetrasodium Etidronate.
Temos a versão com sebo (a da descrição) e a vegetal, mas o que realmente o diferencia é a lanolina, que confere ao sabonete um cuidado especial com a pele.
Apresentação
Disponível em barra de 125g, pode vir em uma charmosa saboneteira de porcelana, em um pote de madeira (KENT), ou em formato refil. Sempre bem embalado em papel encerado, selado com um adesivo.
Espuma
É aqui que reside parte da lenda deste sabonete. Enquanto muitos amantes do barbear clássico enfrentaram sérias dificuldades para conseguir uma boa espuma — especialmente com a versão de sebo — outros afirmam que ele se comporta como qualquer outro sabonete. Após pesquisar muitas opiniões, referências e com base na minha própria experiência, cheguei à seguinte conclusão: este sabonete não gosta de águas duras, e com elas é muito mais difícil obter uma espuma cremosa.
A melhor forma de conseguir uma espuma de qualidade é deixar o sabonete de molho por 2–3 minutos, escorrer e reservar essa água, carregar o pincel sem medo (cerca de 30–45 segundos), de preferência com pincel sintético, e espumar diretamente no rosto. É um sabonete muito “sedento”, e vai exigir que molhemos gradualmente as pontas do pincel na água reservada e continuemos a espumar diretamente no rosto. Se esse processo for repetido sem deixar o sabonete de molho, usando pincel de pelo natural ou espumando no bowl, será muito difícil eliminar o ar da espuma — e isso eu comprovei com várias barras, tanto vegetais quanto de sebo.
Acredito que o fato de ser um sabonete tão delicado o torna divertido e atraente ao mesmo tempo.
Qualidade da espuma
Excelente. Não é uma espuma tipo maionese, mas sim como chantilly. Nota altíssima.
Proteção e deslizamento
Muito alto. Funciona perfeitamente com lâmina, navalhete ou navalha. Um sabonete completo.
Sensação na pele
Neutra. Sem sensação de calor ou frio. Apenas uma espuma suave e agradável.
Hidratação e pós-barba
Aqui ele brilha. O pós-barba é um dos melhores que já experimentei. Deixa a pele tão bem cuidada que nem é necessário aplicar outro produto (a não ser por puro prazer).
Aroma
Isso é algo muito subjetivo. Sempre foi classificado como um sabonete neutro, sem fragrância. No entanto, isso não é verdade... Eu percebo nele um certo aroma lácteo e levemente defumado; sinceramente, eu adoro, pois não se parece com nenhum outro.
Conclusão
Mitchell’s Wool Fat é um clássico absoluto: técnico, exigente e recompensador. Pela qualidade da espuma, proteção e pós-barba, é rotundamente recomendado para quem valoriza tradição e desempenho.